quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Serra-Pau Macrodontia cervicornis na Bahia

Oi César!
Estou te enviando a foto de um dos meus besouros favoritos e que identifiquei como um macho de Macrodontia cervicornis (Estou certa?). Esse exemplar eu encontrei na beira de uma praia em Trancoso, na Bahia. Queria fazer um pedido diferente dessa vez, ao invés da identificação, gostaria de saber mais sobre a área de distribuição no Brasil e os hábitos dessa espécie (se for possível)! Agradeço a atenção!
Tami de Altinópolis, São Paulo.
Uaaauuu!!!

Muitíssimo obrigado, Tami, por compartilhar estas imagens deste impressionante macho de serra-pau Macrodontia cervicornis (Cerambycidae, Prioninae, Macrodontiini). Vejo que estas suas imagens já rodaram o mundo!

Infelizmente, pra isto dependo totalmente das pesquisas no Google, e esta espécie é sempre referida como uma espécie amazônica. Além de Bahia (nos comentários), encontrei também este documento registrando ocorrência no Mato Grosso, que está exatamente na mesma linha que a Bahia.

Traduzi de Arkive.org este texto:
Apesar do tamanho exagerado (machos com média de 13,5 cm, podendo atingir 16,5 cm), estes insetos podem voar. Suas larvas chegam a 21 cm de comprimento e coloração marrom.
Pouco se sabe sobre a biologia do Macrodontia cervicornis. Ele possui hábitos noturnos, e, como outros longicórnios, provavelmente se alimenta de matéria vegetal como seiva, folhas, flores, frutos, cascas de árvores e fungos. A maior parte da vida desta espécie é gasta na fase larval, que pode durar até 10 anos, enquanto sua fase adulta é provável que dure mais do que alguns meses, quando se dispersam e reproduzem. A fêmea põe os ovos sob a casca de árvores mortas ou árvores de madeira macia que estejam morrendo e, quando nascem, as larvas criam imensas galerias de mais de um metro de comprimento e 10 centímetros de largura.
Além do Brasil, a espécie ocorre na Colômbia, Peru, Bolívia e Equador.
SEA, fala sobre o uso de suas larvas na culinária. Muito se fala sobre a espécie ser a maior entre os longicórnios e a segunda maior entre os besouros, isto por se descontar as mandíbulas. A espécie é muito cobiçada por colecionadores, o que a coloca em risco.

Continuarei buscando informações sobre as regiões de ocorrência no Brasil.

Tami: Quando vi esse "gigante" fiquei louca para saber mais sobre ele. Na época eu pesquisei, mas também encontrei poucas informações! Essa foto rodou bastante, eu postei a segunda foto em alguns grupos do Panoramio. A foto, inclusive está mapeada. Gostei das curiosidades, quem iria imaginar que se trata de uma espécie "comestível" (nada apetitoso...rss). Abraço. Até a próxima.

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